Hoje ao ver algumas coisas eu refleti bastante
tempo tem sido algo raro para mim, são poucos os momentos em que posso de fato parar para pensar, e hoje eu tive alguns desses momentos, em que parei de fazer o que estava fazendo e comecei a pensar em tudo, em como anda a minha vida, como as coisas acontecem o que nós fazemos, o que sentimos, o que dizemos, mas principalmente o que queremos


sabe, nos dias atuais tudo é tão insólito, é tão impessoal, as relações passaram a serem unicamente bilaterais, onde sempre há dois lados, o lado de quem compra e o lado de quem vendo, tudo tornou-se uma troca, tudo, definitivamente tudo, até nas relações onde envolvemos sentimentos, tudo tornou-se dar e esperar algo em troca, as coisas não deveriam ser assim, o problema está nos valores de hoje da sociedade onde as posses valem mais do que o caráter, onde você não aquilo que é mas sim, aquilo que as pessoas olham, a sua roupa, o seu cabelo, a sua aparência, e o mundo se tornou isso, uma aparência, algo extremamente superficial e raso, e as pessoas absorvem isso e transformam a sua própria vida em algo assim, cheio de falsas verdades, mentiras e ilusões que elas mesmas acreditam ser verdade, muita gente quer saber muito, quer isso, quer aquilo, mas de fato, a pessoa não conhece a si mesmo, e nesse instante eu me pergunto, como alguém é capaz de querer conhecer o mundo se não conhece a si mesmo? como querer superar obstáculos se não conhece as próprioas fronteiras? como saber o que busca se não sabe onde está?

depois de muito refletir, concluí que a verdadeira busca está em mim mesmo, que não importa o que fazemos, o que vivemos, o importante é a arte, é ver o por-do-sol como um quadro e não como um fenômeno, é sentir o vento como uma dádiva, como um véu, um sopro dos Deuses e não uma espada que corta, é não ter medo da morte, afinal de contas, todo dia morremos, acho que o verdadeiro medo está em deixarmos o que temos por algo incerto, vivemos o mesmo que uma flor, que uma formiga, faz tudo parte de um ciclo, somos muito frágeis, somos bobos em acreditar, somos prepotentes, mas somos capazes, se quisermos, é claro, de viver bem, de sermos felizes, de poder pensar, aprender, refletir e principalmente, de mudar.

Mudar para melhor.